quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Cenas de um comboio

I
Um destes dias, estava eu no comboio... Perto das seis e meia, sete da manhã...
Sentou-se um senhor em frente a mim. Estava ligado à construção civil... Pedreiro, pintor ou qualquer coisa do género.
Estava ao telefone...
Parecia ser do leste da Europa...
Falava português... O pouco que falava e se ouvia...
Mas do outro lado... Era inequivocamente português...
E como a senhora falava, e falava sem parar...
O pobre só dizia:
"Espera, queres ouvir?"
"Ouve..."
"Mas tu não sabes que..."
E ela matraqueava e matraqueava.
Ele ouvia...
Ele disse: "Então depois falamos".
Desligou e eu pensei que o senhor estava cheio de sorte, que ela finalmente o ia deixar dormir cinco segundos...
Mentira!!!!!!
Ela voltou à carga... Foi, pelo menos, até ao Pragal, onde o desgraçado saiu.


II
Quando as amigas e eu entrámos no comboio, já vinha uma mocinha sentada no conjunto de bancos onde nos sentamos normalmente.
Sentámos-nos. Ela vinha a ouvir música... Alta, bem alta!!!
Num momento de menor ruído, num dos raros, o instrumental da musica soou aos nossos ouvidos como algo muito cómico.
Trlim Trlim
Gargalhada bem sonora a três vozes...
Os vizinhos dos lado perceberam...
A mocinha não...

2 comentários:

.... disse...

Confesso, que já tenho saudades das sagas do comboio, em todo o caso tenho dito as minhas mas noutro periodo da manhã, logo te conto as histórias da família Cataludo e da D. Glória que pariu 4 filhos sozinha de joelhos no chão LOL beijos

Xanda Paula disse...

Sofia,
ou arranjas um bolg, ou publicas as tuas desventuras aqui, como pos mesmo
beijocas